quinta-feira, 28 de junho de 2012

Como fazer :


"Do ponto de vista metodológico,  é preciso valorizar uma abordagem multi-escalar e 
multidisciplinar, assente em modos de investigação e operacionalização dinâmicos e coesos.  Esta
implica a recolha de informação através de trabalho de campo; levantamento estatístico e cartográfico;
lançamento e tratamento de inquéritos às populações locais, aos turistas e aos utentes dos diferentes
equipamentos de turismo e lazer; lançamento  e tratamento de entrevistas aos decisores locais, aos
agentes turísticos e aos gestores das diferentes infraestruturas de turismo e lazer.
A criação de um modelo de gestão turística do Rio Mondego é indispensável, com a inclusão
de: bases de dados (património; praias fluviais; áreas protegidas; empreendimentos turísticos;
stakeholders, etc.) e Sistema de Informação Geográfica para o Território Mondego, com cartografia
digital atualizável sobre os diferentes temas em tratamento e com modelação dos principais impactes,
conflitos e modelos de desenvolvimento turístico.
Um processo com estas características precisa de um  plano de difusão  e divulgação  da
informação para os diferentes atores nacionais, regionais e locais, para o mundo académico, para a
população em geral e para instituições internacionais.
Este aspeto deve integrar a constituição de um Observatório do Mondego com especial enfoque
no turismo e na natureza e o estudo de uma proposta que permita contribuir para a criação do
Passaporte Mondego que permitirá aos seus utentes usufruírem de benefícios em serviços e comércios,
através de descontos e promoções, de forma a desenvolver a fidelização e a reduzir a sazonalidade.
O Rio Mondego, elemento físico fundamental, associado ao recurso água do Portugal Central, é
muito mais do que uma marca da paisagem e ex-libris territorial. Efetivamente, apresenta uma
geometria variável de espaços de vida e é um elemento de coesão territorial e atributo principal de
paisagens culturais de grande valor, tanto material como imaterial, sem dúvida capaz de se assumir
como elemento de atratividade e destino de visitantes e turistas, ao mesmo tempo que se mantém
como referência na produção de energia, no abastecimento de água para a população e empresas, nos
planos de regadio e no ordenamento do território."
Norberto Pinto dos Santos

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